terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

O e-mail...

E eis que pipoca na caixa de entrada o seguinte e-mail:

Uma música vale mais que mil palavras. Não preciso dizer o nome e nem de qual banda é, pois você sabe muito bem!

"Porque você se faz
O que não pode ser
Muito mais forte
Inofensivo

Tá complicado de dizer
Alguma coisa
Você não ouve
Não me responde

Já se perdeu
Ficou pra trás
Como um dia comum

Nada que eu faça te importa
Nada te importa mais
Nada mudou"...


Dia comum, Detonautas Rock Club. Como poderia não saber, uma das minhas bandas preferidas...

A música diz muito sim, mas, principalmente, a verdade. Eu não te escuto mesmo e nada que venha de você me importa mais.

E fiz com o amor por você a mesma coisa que fiz com os planos: deixei que o mar os levasse!!

P.S: Te proíbo de continuar reaparecendo na minha vida...

Belle

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Como aprender a NÃO SABER?

NÃO SABER enlouquece e sufoca!

Eu estava tranquila, com os sentimentos na mais pura calmaria. Mas eu fui desejar me apaixonar! E pedidos feitos ao mar, na virada do ano, geralmente são atendidos.

Então o coração disparou, as pernas tremeram e eu me desloquei mais de 400km, sei horas de viagem, deixei de lado a rivalidade Rio X SP, e fiz um mantra para aguentar aquele sotaque chato para...

Para? Para enfiar mais ainda o pé na jaca do amor, me envolver mais ainda e começar a NÃO SABER!

Digo NÃO SABER porque eu realmente NÃO SEI o que pega, o que acontece e o que é tudo isso...

Quando conto a história toda as pessoas me perguntam e ai? E eu digo: E ai o que? E elas me questionam: o que é acontece entre vocês?

E eu respondo: NÃO SEI!

Ah deixa rolar...

Claro, como se você muito fácil deixar rolar! Eu não sei deixar rolar! Deixar rolar me mata de angústia!

E como diz minha queria Heleninha: "É difícil aprender a não tentar controlar o incontrolável", sim como é...

Isso não é uma cobrança, mas sim um desabafo...

E se você por acaso souber de alguma coisa, por favor, não esqueça de me avisar...

Eu estou ansiosa para saber de algo...

Belle

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

O conceito piriguete

Eu sempre me achei muito mais velha do que minha idade real. A comprovação, por minha parte, veio depois desse carnaval.

Depois de gastar muito no reveillon, a opção para os cincos dias de carnaval foi ficar em SP mesmo. Sorte, ou azar, que mais algumas amigas compartilharam da mesma situação.

Eu nunca fui do tipo de mulher que considerasse a balada boa simplesmente pelo fato de ficar com alguém ou não. Porém, várias amigas sempre mediram a qualidade da noite pelo fato de beijar alguém.

Mesmo em períodos de mais piração e descontração sempre mantive o meu bom senso de mulher madura. Lógico, se disser que nunca beijei mais de um cara na balada, estarei mentindo, mas afirmo que isso aconteceu uma única vez, aos 15 anos de idade, em um baile na minha cidade.

Desde que tomei mais noção da vida e do que é ser uma mulher independente me coloquei algumas as normas de conduta.

Hoje, ser piriguete é status para muitas mulheres que até se gabam disso. Eu tenho muitas amigas pireguetes, que ficam com mais vários na balada, que dividem beijos e que não se limitam na hora de conquistar alguém que mal conhecem.

Desculpa às minhas amigas que são, mas eu não consigo. Não tenho pique para isso, mesmo quando exagero na bebedeira.

Eu ainda prefiro a arte da conquista, a troca de olhares, o xaveco, a conversa no pé de ouvido ou, se o bom senso do homem permitir, o convite para um drinque no balcão. Ainda prefiro a troca de telefones a beijos furtivos. Ainda prefiro o telefonema no dia seguinte, com um possível convite para o cinema, a histórias de um final de semana. Prefiro a delícia de chegar em casa às 5h da manhã com sensação de uma noite maravilhosa a acordar às 15h com a sensação de vazio.

Às minhas amigas piriguetes desculpa, mas continuarei sendo a chata da turma, aquela que passa a impressão de não estar se divertindo, a sem história de carnaval. Desculpa, mas ainda prefiro sentir, mesmo que para isso eu fique sozinha, ou fique com um nerd, ou, pior ainda, volte pra casa sozinha às 4h30 da manhã, de ônibus, porque cansei de esperar vocês ficarem com mais um cara.

Às minhas amigas, mais uma vez desculpa, mas não consigo ser.

Belle

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

E foi assim...

Eu fui, sai mais cedo do trabalho, enfrentei o trânsito de sexta-feira de SP, torcendo para chegar antes da chuva. Mais algum tempo até o ônibus sair, coração a mil, ainda dá tempo de desistir. Não! Você nunca desiste, lembra? Entro no ônibus, seis horas de viagem, um remédio para dormir e pronto, ameniza e muito as coisas.

Chego, ele não estava!

Alguns minutos e ele chega, pedindo desculpa pelo "engarrafamento".

Ah, e as flores? Não tem? Hum, que pena! Marcaria pontos!

Ok, sem sentimentalismo, por favor...

Intimidade é algo engraçado, ainda mais quando não se tem...

Ok, o final de semana transcorreu bem, dentro do esperado, da expectativa, se é que me entendem!??!?!

O passeio na lagoa foi lindo e o quase por-do-sol também...

Domingo a noite, hora de voltar!

E do mesmo jeito que cheguei, eu voltei!

O coração ainda bate forte quando penso nele, quando a janela do MSN pisca, quando tem depoimento no orkut...

Mas percebi que não nasci para "relacionamentos" furtivos, sem ligação e sem envolvimento real. Não sei se levo jeito para coisas de pele, sentimentos carnais, apenas desejo.

Por trás dessa casca grossa há muito sentimento e carinhos a serem explorados, quero me envolver de verdade.

Dizem que em tempos modernos os relacionamentos são assim mesmo, volúveis, começam, terminam, recomeçam e assim por diante...

Muita exigência da minha parte? Não! Sou romântica a moda antiga, acho que não sei ser tão perdida assim na vida, tão deixa rolar, como às vezes finjo ser...

"... Saiba que o simples perfume de uma flor
Pode vir, a ser um grande amor na sua vida...
...Será livre pra sentir
Anseios de uma paixão..."

Enquanto isso a vida segue! A história com o bixcoito carioca? Pode ser continue...

Agora é a vez dele vir ao meu encontro...

Entre nós: tenho certeza absoluta que este post é fruto de dias de TPM...

Belle


Os amantes

Eu sempre fui muito curiosa em saber o que há por traz dos rostos e expressões pelas quais cruzo diariamente no vai e vem de São Paulo. Graças a minha aguçada percepção e sutileza pude acompanhar o desenrolar do que, outrora, foi um envolvente caso amoroso entre colegas de trabalhos.

Ela casada, aliança na mão direita, ele, solteiro. Ambos colegas de trabalho, a conversa ao pé do ouvido, por parte dela, era porque eles não podiam continuar com aquilo. Ele disse, quero ser livre. Ela questiona o porque ele não está pensando nela e se soubesse que seria assim nunca teria se sujeitado aquilo.

Já até imagino como tudo isso começou. Uma frustração no casamento a levou aquele jogo de sedução nos corredores do trabalho. E-mails trocados? Conversas no MSN? Quem sabe! Mas que tudo aquilo foi concretizado após alguns chopps numa Happy Hour qualquer, isso foi.

É visível que ela quer continuar com aquilo, esta envolvida de mais, se arriscou de mais. Ele não, a consciência o fez perceber, um pouco tarde, que a falta de sobriedade o fez entrar em uma enrascada e que, agora, tenta sair.

Ela quer uma justifica, ele apenas diz: não tem o que explicar, quero ser livre. Livre para que? Ela pergunta. Livre para ficar com outras pessoas, ele responde. E a insatisfação é plantada no rosto daquela mulher.

Ai eu me pergunto: o que uma mulher casada espera de um envolvimento desse tipo? O que se passa na cabeça dela quando cobra satisfação? E o casamento? Os filhos, se tiver? A família?

Ele dá o sinal no ônibus, levanta, diz que não há o que pensar, lhe dá um beijo na testa e desce.

Eu sento ao lado dela e posso sentir o coração batendo mais forte e acelerado, sinto o corpo dele tremer, mas ela não deixa de sorrir. Um sorriso frio e amargo, mas mesmo assim um sorriso.

Descemos no mesmo lugar, ela respira fundo e tenta se recompor. Aceleramos o passo, cada uma para o seu lado, cada uma com o seu motivo. Ela, porque precisa voltar para sua casa, para seu marido, para sua vida. Já eu porque vai chover, mais uma vez em SP.

No caminho me ponho a pensar como valorizamos tanto alguns sentimentos e desejos passageiros, sem avaliar suas conseqüências, mas isso já é assunto para outro post.

Belle

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Borboletas no estômago

Eu até agora, juro, não acredito que tudo isso ainda está acontecendo. Eu sou a pessoa mais pé no chão que existe, fujo, pelo menos em sentimentos, de coisas impossíveis, mas nessa história eu, simplesmente, não quis fugir.

Não é que o bixcoito carioca me adicionou no Orkut, MSN e, principalmente, continuamos a nos falar? Eu ainda tinha mais uma semana de férias na volta de Búzios e achei que fosse enlouquecer com tudo aquilo que estava sentindo. Eu acordava pensando nele, passava o dia pensando nele, dormia pensando nele e a história de Búzios mais contada era a dele.

Pensei: quando eu voltar a trabalhar passa, isso é coisa de gente desocupada...

Mas não foi. O coração continua a bater forte quando falo com ele no MSN, quando escuto aquele sotaque irritante no telefone, mas, principalmente, bate em disparada quando penso que comprei uma passagem para ir até o Rio encontrar com ele.

Loucura? Sim, muita! Mas depois de tantos anos me policiando e sendo séria demais, chega uma hora que é preciso curtir e aproveitar. E é exatamente isso que vou fazer, vou curtir essa sensação, esse sentimento, esse frio na barriga.

E prometo que estou tentando fazer isso sem me pensar no depois.

Não perca os próximos capítulos...

Belle

Feliz 2010

Era 1º de janeiro de 2010, último dia das férias mais incríveis que já tive nesses 23 anos de vida.

Depois de curtir muito a virada do ano, pular as 7 ondas, desejei que o mar levasse tudo de ruim que aconteceu em 2009 e me trouxesse coisas boas, dinheiro, sucesso e uma paixão, sim uma paixão. Aquela paixão que há tempos comentava com as amigas e há tempos não tinha em minha vida. Eu queria e precisava sentir borboletas no estômago, pernas bambas, coração a mil e devaneios para ter a certeza que eu continuava viva por dentro, mas, principalmente, que ainda era capaz de sentir.

Depois de curtir a ressaca com o belo sol da manhã chega a hora sacudir as cangas e aproveitar o último dia de férias. Já dizia algum bebum por ai que ressaca se cura com cerveja gelada, então isopor abastecido, quatro loucas em um carro, vamos explorar o restante das praias de Búzios.

Sorte, destino, coincidência, acaso, simpatia, anjo da guarda, não sei, mas era pra gente passar por ali, sim exatamente por ali a caminha da última praia. Óbvio que a gente não ia deixar passar nada, exatamente nada, e um sinal de carona foi o suficiente para mudar o rumo do meu começo de ano. Cariocas = bixcoito = diversão.

Tem uma coisa maravilhosa chamada Nextel. Contatos trocados, vamos nós, meninas, à praia. Éramos em quatros, eles dois. Eu disse: olha to de boa, como sempre, mas aviso que o de boné me chamou mais atenção. Alguém diz: Ah deixa as coisas acontecerem, ok.

Chegamos na praia, o rádio toca, e começa a caminhada incessante pela praia. De novo: Sorte, destino, coincidência, acaso, simpatia, anjo da guarda, não sei, mas conseguimos nos encontrar. Conversa vai, conversa vem e no pensamento: o que eu to fazendo aqui, não gosto de carioca, esse xxxx me irrita, a tá bom vai, é férias, praia, amanhã eu vou embora e tudo volta ao normal.

Era pra ser assim, mas não foi. Depois de um tarde na praia, combinamos um encontro a noite no centro. Voltei à pousada e me peguei pensando em bobagens, em destino, em estrelas, opa, como assim? Volta querida à realidade pelo amor de Deus, você acabou de conhecer esse indivíduo. E com o coração em chamas, borboletas no estômago e um nervosismo fora do normal nos encontramos a noite.

Um convite esperado não surgiu e eu fui embora, contatos trocados, vamos ver o que acontece...

Belle